No passado dia 11 de Março foi apresentado pelo Governo de Portugal um plano para o desconfinamento progressivo de todas as áreas seriamente afetadas pelas medidas que tiveram de ser colocadas em prática para conter a propagação da doença infeciosa comummente conhecida por COVID19. A nossa modalidade, à semelhança de todo o desporto nacional, foi totalmente condicionada e impedida de prosseguir o seu curso normal. É com enorme satisfação que constatamos que o plano apresentado dá orientações claras para a retoma da atividade desportiva (treinos e competições) e com essas informações na sua posse a FPB está em condições de apresentar o novo calendário competitivo para a Época 2021.
Ao longo dos últimos meses, foram sendo discutidas e auscultadas ideias e sugestões de vários quadrantes da nossa modalidade relativamente ao rumo a seguir. A realidade é que, das quarenta e uma semanas destinadas originalmente a competições nacionais, as circunstâncias ditaram que nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março não pudessem decorrer quaisquer competições. Foi preciso ainda considerar outros fatores como a pouca disponibilidade de pavilhões para treinos e competições no mês de Agosto e a necessidade de assegurar o tempo adequado de descanso e preparação para a Época 2022 ao qual acresce o imperativo de permitir que todos os atletas dispusessem de algum tempo para poderem retomar os treinos e a sua preparação para competições. Em resumo, cientes da necessidade de suprimir eventos do calendário originalmente aprovado para 2021 a FPB procurou: salvaguardar a realização das provas individuais, mantendo setenta por cento das competições desta natureza originalmente previstas; em consonância com as alterações regulamentares implementadas conservar a aposta declarada na renovação do sistema competitivo das provas de equipas; e articular o calendário nacional com a participação internacional das seleções nacionais.
Entre as principais adequações destacam-se: a redução das jornadas zonais e nacionais de todos os escalões de quatro para três; diminuição de quatro para dois torneios de clube; adequação do número de dias destinados às provas de equipas mantendo o sistema competitivo previsto. A decisão de cessar algumas competições e a definição de quais delas seriam as retiradas do calendário nacional não foi uma decisão tomada de ânimo leve e vários parâmetros foram considerados, mas, no final, acredita-se ter chegado a uma solução que, ainda que possa não vir a ser consensual, será a que melhor serve os interesses do badminton nacional e das mudanças que têm vindo a ser integradas.
A FPB estabeleceu um plano de retoma desportiva progressiva com 3 fases para promover um regresso em segurança da nossa modalidade e de todos os seus agentes.
FASE 1 – 5 de Abril
Por a nossa modalidade ser considerada de baixo risco pela DGS, a partir desta data é permitida a retoma dos treinos dos clubes e de todos os atletas.
FASE 2 – 17 de Abril a 9 de Maio
De forma a que a retoma da competição seja feita de forma gradual e indo de encontro aos prazos estabelecidos pela Badminton Europe para a participação na Taça dos Campeões Europeus, neste período decorrerá a 1ª Divisão da Liga de Clubes com a divisão secundária a ser disputada numa fase posterior. Desta forma, haverá ainda um número reduzido de participantes envolvidos e, além do mais, as equipas primodivisionárias poderão desde já retomar os seus treinos uma vez que os decretos do Estado de Emergência que têm estado em vigor assim o autorizam e permitem que os clubes se apresentem em competição com, pelo menos, quatro semanas de preparação. Será disputada a primeira jornada zonal que, apesar de envolver um maior número de agentes desportivos, implica organizações locais e com um número de clubes participantes mais limitado. Por fim, será organizada mais uma edição dos Internacionais de Portugal, um dos poucos torneios restantes que ainda contabiliza para o apuramento olímpico.
FASE 3 – Após 9 de Maio
Nesta terceira fase decorrerá a retoma progressiva das restantes competições do calendário nacional.
Depois de longos tempos de inatividade e de incerteza, resta apelar a todos que se mantenham cuidados, zelosos e cumpridores com todas as recomendações de segurança higiénica que se tornaram parte do nosso quotidiano para que esta seja uma retoma tão definitiva quanto os tempos que vivemos o permitam. Depende de nós reunirmos e promovermos as condições para que possamos continuar a fazer, de forma segura, o que mais gostamos: jogar badminton com empenho, paixão e fair-play.