Os atletas portugueses Bruno Carvalho, Diogo Glória e Mariana Paiva concluíram a sua participação no Campeonato da Europa de Badminton 2024, que decorre até domingo em Horsens, na Dinamarca, registando prestações que, apesar dos resultados, deixam sinais muito positivos para o futuro.
Em singulares masculinos, Bruno Carvalho (194.º do ranking mundial enfrentou o finlandês Kalle Koljoren (57.º), cedendo por 2-1 (15-21, 21-9 e 21-13). Já em singulares femininos, Mariana Paiva (225.ª do ranking) teve uma estreia exigente frente à húngara Agnes Korosi (93.ª), num jogo em que revelou grande determinação, apesar da derrota por duplo 21-15.
Na vertente de pares masculinos, a dupla composta por Bruno Carvalho e Diogo Glória apresentou-se com espírito combativo diante dos suecos Filip Karlborg e Mio Molin. Em dois sets muito equilibrados (21-19 e 21-16), os portugueses demonstraram qualidade e capacidade para disputar os momentos decisivos.
Apesar da eliminação na competição, os três atletas sublinharam o valor inestimável da experiência adquirida neste palco de excelência do badminton europeu:
Diogo Glória salientou que “foi uma experiência que vou lembrar para sempre”, realçando a motivação acrescida para trabalhar e consolidar a presença nos grandes palcos internacionais. Reconhecendo o equilíbrio do encontro disputado, destacou que a diferença esteve “na maior disciplina dos adversários nos momentos finais de cada set”.
Também Bruno Carvalho partilha dessa visão positiva. O atleta, que se estreou em duas frentes nesta edição do Europeu, destacou que “só o facto de ter conseguido esta qualificação já representa um objetivo cumprido”, fruto de muito trabalho e dedicação. Apesar de alguma frustração natural por não ter ido mais longe, sublinhou que a sua prestação “provavelmente superou as expectativas de muitos” e reforçou o compromisso de “regressar ao trabalho com foco renovado”.
Mariana Paiva descreveu a sua primeira presença num Campeonato da Europa como “um momento muito especial”. Apesar da derrota, a jovem jogadora destacou a evolução demonstrada em campo, frisando que conseguiu reduzir “ao mínimo as diferenças” frente a uma adversária bem posicionada no ranking, o que reforça a sua confiança e motivação para continuar a evoluir.
A selecionadora nacional, Telma Santos, reforçou esta visão de forma realista e construtiva: “Embora não tenhamos conseguido vencer nenhum jogo, os nossos atletas, conscientes das dificuldades que iam ter, entraram em campo com atitude, sem receio do desafio.” Reconheceu ainda “um ligeiro sentimento de frustração por sentirem que poderia ter sido feito um pouco mais”, mas destacou “a certeza de que deram o melhor dentro das possibilidades”. Telma Santos sublinhou que “os resultados deixam claro que ainda há um longo caminho a percorrer”, assumindo com transparência que “continuamos longe do nível de excelência dos melhores da Europa” e que “há consciência do trabalho difícil que está pela frente”.
